ECLIPSE
CAP. 23 MONSTRO
(...) Estou com pressa, Bella – disse ele numa voz sufocada.
– Por que não termina logo com isso?
Engoli em seco, minha garganta de repente tão árida que não
tinha certeza se podia pronunciar algum som.
-Basta falar e tudo estará acabado.
Respirei fundo.
- Desculpe por ser uma pessoa tão detestável – sussurrei. –
Eu lamento ter sido egoísta. Queria jamais ter conhecido você, assim não
poderia magoá-lo desse jeito. Não vou mais fazer isso, prometo. Vou ficar longe
de você. Vou me mudar de estado. Você não terá de mer ver nunca mais.
- isso não é bem um pedido de desculpas – disse ele
amargamente
- Me diga como fazer isso direito
- E se eu não quiser que você vá embora? E se eu preferir
que você fique, egoísta ou não? Eu não mereço decidir, já que estar tentando
compensar as coisas comigo?
- Isso não vai ajudar em nada Jake,. Foi um erro ficar com
você quando tínhamos desejos diferentes. Não vai melhorar. Eu só vou continuar
magoando você. Não quero mais magoá-lo. Odeio isso. – Minha voz falhou.
-Pare. Não precisa dizer mais nada. Eu entendo.
(...) Bom, você não é a única capaz de sacrifício pessoal –
disse ele, a voz mais forte. – Quando um não quer, dois não brigam.
-Como é?
-Andei me comportando muito mal. Eu tornei isso muito mais
difícil para você do que precisava. Podia ter desistido com elegância no
início. Mas também a magoei.
- A culpa foi minha.
-Não vou deixar que assuma toda a culpa nisso, Bella. Nem
toda a glória. Sei como me redimir.
-Do que você está falando? – perguntei. Fiquei assustada com
a luz súbita e frenética em seus olhos.
-Há uma muita séria estourando por lá. Não acho que será
difícil sair de cena.
(...)- Ah, não Jake! Não, não, não, não, não – eu disse,
sufocada de pavor. – Não, Jake por favor, não. – Meus joelhos começaram a
tremer.
- Qual é a diferença Bella? Isso soo tornará tudo mais
conveniente para todos. Você não precisa fazer nada.
-Não!. – Minha voz ficou mais alta. – Não, Jacob! Não vou
deixar que faça isso!
Como pode me impedir? – ele zombou de leve, sorrindo para
que a voz ficasse menos incissiva.
-Jacob, estou implorando. Fique comigo. – Eu teria caído de
joelhos se conseguisse me mexer.
-Por quinze minutos, enquanto perco uma boa briga? Para você
fugir de mim assim que achar que estou seguro de novo? Deve estar brincando.
-Não vou fugir. Eu mudei de ideia. Vamos encontrar um jeito,
Jacob. Sempre há uma forma de conciliação. Não vá!
Está mentindo.
Não estou. Você sabe como eu minto mal. Olhe em meus olhos.
Eu vou ficar, se você fizer o mesmo.
(...)- Eu te Amo, Bella – murmurou ele
- Eu te amo, Jacob – sussurei, com a voz entrecortada.
- Sei disso melhor que você.
Ele se virou para se afastar.
- Qualquer coisa. – Gritei numa voz estrangulada. – O que
você quiser, Jacob. As não faça isso!
Ele parou, virando-se devagar.
- Você não falou com sinceridade.
- Fique – implorei
(...) – Não preciso fazer nada deliberadamente... Posso só
fazer o melhor por meu grupo, e o que tiver de ser será. – Ele deu de ombros. –
Se você conseguisse me convencer de que quer mesmo que eu volte... mas do que
quer fazer o que acha certo.
- Como? – perguntei.
- Pode me pedir – sugeriu ele.
- Volte – sussurrei. Como ele podia duvidar da minha
sinceridade?
Ele sacudiu a cabeça, sorrindo de novo.
- Não era disso que eu estava falando.
Precisei de um segundo para entender o que ele dizia, e
nesse tempo ele olhava para mim com aquela expressão superior – seguro de minha
reação. Assim que percebi, soltei as palavras sem parar para pensar no custo.
- Pode me beijar, Jacob?
Seus olhos se arregalaram de surpresa, depois se
estreitaram, desconfiados.
-Está blefando.
- Beije-me, Jacob. Beije-me e depois volte.
Ele hesitou, lutando consigo mesmo. Meio que se virou para o
oeste, o rosto afastando-se de mim enquanto os pés continuavam plantados no
chão. Ainda olhando a distância, deu um passo inseguro em minha direção, depois
outro. Girou o rosto para olhar para mim, os olhos em dúvida.
Eu o fitei também. Não fazia ideia de minha expressão.
Jacob se balançou nos calcanhares, depois se lançou para a
frente, diminuindo a distância entre nós em três longas passadas.
Eu sabia que ele tiraria proveito da situação. Eu espera por
isso. Fiquei completamente imóvel – os olhos fechados, os dedos enrolados nos
punhos ao lado do corpo – enquanto as mãos dele pegavam meu rosto e seus lábios
encontravam os meus com uma ansiedade que não ditava muito da violência.
(...)Ele estava em toda a parte. O sol penetrante tornou
minhas pálpebras vermelhas e a cor combinava com o calor. O calor estava em
toda parte, eu não conseguia ver nem sentir nada que não fosse Jacob.
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